Ralo de sucção para piscinas criado no Brasil teria evitado morte de menina no MS

Uma menina de 9 anos morreu afogada em uma piscina na cidade de Dois Irmãos do Buriti (MS), na tarde do dia 12 de fevereiro. Mariana dos Anjos Faria estava brincando junto com outros familiares quando teve parte do cabelo sugado pelo ralo piscina, segundo relataram parentes. Situações como esta são mais comuns do que se imagina. Segundo dados da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), a cada uma hora e meia, um brasileiro morre afogado, sendo que 59% das mortes na faixa de um a nove anos de idade ocorrem em piscinas. Para agravar, a maioria das crianças de 4 a 12 anos, que sabem nadar, se afogam pela sucção da bomba, justamente o que aconteceu com Maria. Já segundo o Ministério da Saúde, no Brasil, são declarados, por dia, 17 óbitos por afogamento em piscinas – sendo que três deles são de crianças.

RALO DE SUCÇÃO É UM PERIGO!
O ralo de sucção, como o próprio nome sugere, é elaborado para sugar. Contudo, eles não sorvem somente a poeira e a sujeira. É absorvido por este equipamento tudo que se aproxima: cabelos, dedos, colares, relógios, peças de roupas etc. E o impacto da ação ainda conta com a “ajuda” da força da água, dificultando que as pessoas, sobretudo as crianças, tenham possibilidades de emergir. Sabendo que os ralos de sucção são como “armadilhas” no fundo da piscina, e estão diretamente relacionados com vários casos de acidentes e afogamentos, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) determinou, por meio da NBR nº 10.339 de 2018, que esses dispositivos sejam comercializados com materiais que oferecem segurança, com tampa anti-aprisionamento interligada ao skimmer, e este interligado a motobomba. Mas, na prática, não é assim que funciona, mesmo porque não há uma fiscalização encima dos ralos de sucção:

“E, para agravar ainda mais a situação, quanto mais vazão de água, maior é o risco de acidente. E é bem comum que os proprietários de piscina coloquem cascatas, chafariz, hidromassagem, toboágua… Assim, se a demanda de água aumenta, há um acréscimo também de sujeira. E o ralo de sucção entende que tem que sugar mais e mais, tornando-se um inimigo oculto”, informa Bráulio César Bandeira Aleixo, proprietário da CYAN Piscinas – desenvolvedora de soluções inteligentes para piscinas.

Divulgação