A morte do príncipe Khalid Al Qasimi, aos 39 anos, causou comoção no mundo da moda. O segundo filho do xeique dos Emirados Árabes Unidos Sultan bin Muhammad Al Qasimi era estilista, fundador e diretor-criativo da marca de roupas Qasimi. Ele foi encontrado morto em casa em Londres na segunda-feira (1). A polícia local ainda não sabe o que causou a morte e investiga o caso.

Em comunicado divulgado em seu site, a marca afirmou que “Khalid Al Qasimi faleceu de forma inesperada no dia 1º de julho”. De acordo com a Qasimi, Khalid era elogiado por sua “tenaz e ainda assim sensível exploração de questões sociopolíticas, particularmente aquelas ligadas ao Oriente Médio”.

“Seu objetivo era criar um mundo repleto de produtos belamente elaborados, com influências culturais, sociais e políticas, para informar e inspirar”, completa a nota.

Khalid tinha pouco mais de 10 anos de carreira na moda. Embora tenha nascido nos Emirados Árabes, foi criado no Reino Unido. Ele formou-se em arquitetura e design de moda na Central Saint Martins, em Londres, e apresentou sua primeira coleção em 2008, que foi lançada em colaboração com o designer Elliott James Frieze.

No mês passado, o designer havia apresentado sua mais recente, de primavera/verão 2020 , na London Fashion Week. O trabalho foi bastante elogiado por especialistas no ramo. Nas roupas, Khalid expressou um senso de esperança e positividade para o Oriente Médio.

“Sempre faço referência ao Oriente Médio ao lado de outras inspirações, seja com política, arquitetura ou arte contemporânea”.
KHALID AL QASIMI – à Vogue árabe

Era comum Khalid usar seu trabalho para lançar luz sobre os problemas de sua terra natal. Ele também levava às passarelas uma diversidade de modelos.

“Uso a moda como meio para ter um discurso e trocar pontos de vista. Eu sempre faço referência ao Oriente Médio ao lado de outras inspirações, seja com política, arquitetura ou arte contemporânea”, disse em entrevista à Vogue árabe.

Crédito: Zero Hora