Pivôs podem proporcionar aos rizicultores novas fontes de rendas

Acontece no dia 16 de fevereiro a 32ª Abertura Oficial da Colheita do Arroz e Grãos, na Estação Terras Baixas da Embrapa Clima Temperado, em Capão do Leão (RS). Promovido pela Federação das Associações de Arrozeiros (Federarroz), o encontro, além de ser a maior abertura de colheita de grãos das Américas, tem o objetivo de desenvolver e integrar o setor agrícola da região sul do estado gaúcho e promover o debate sobre a cadeia produtiva em terras baixas.

O evento ocorrerá de forma híbrida (virtual e presencial) e vai reunir produtores de diversas regiões do país e do exterior. Além disso, são esperados engenheiros agrônomos e técnicos, estudantes, agentes políticos, as principais instituições de pesquisa e ensino do setor, e as empresas que mais investem em tecnologia agrícola para terras baixas. Os visitantes, principalmente os rizicultores, terão a possibilidade de ver o potencial que a irrigação pode trazer aos seus negócios, agregando novas fontes de rendas por meio da diversificação de cultivos, como por exemplo, com o plantio de milho e soja em áreas de várzea.

Uma das empresas a marcar presença na feira será a multinacional Lindsay, representada pela Sanchotene Agronegócios, que atua na metade sul do Rio Grande do Sul. Segundo o técnico em agropecuária Marco Sanchotene, diretor da revenda, fomentar essa diversificação tem sido fundamental e a irrigação é peça primordial nessa estratégia. “Com a opção de variar suas culturas, o rizicultor não fica com o fluxo de caixa restrito e nem refém do mercado com apenas uma cultura. Além disso, a rotação nas áreas com cereais ajuda na melhoria do solo e no controle de pragas e doenças”, diz o técnico em agropecuária.

Sanchotene reforça ainda que a irrigação por pivôs se tornou fundamental não somente no aumento de produtividade, mas também como segurança contra as estiagens. “Nós estamos em uma região de solo e clima excepcional, mas há veranicos que causam grandes prejuízos. Por isso, a irrigação por aspersão é indispensável no processo de verticalização da propriedade e traz segurança de produtividade de modo geral”, reforça o técnico.

De acordo com André Matos, engenheiro agrônomo e coordenador regional do IRGA (Instituto Rio Grandense do Arroz), a atual safra sofreu muito com a forte estiagem e todos já imaginam perdas consideráveis na produção. “Ainda não temos um número consolidado de perdas, mas para o IRGA o sentimento é de uma perda considerável aqui na nossa região. Não tenho condições de falar de todo o Rio Grande do Sul, eu me refiro aqui, sei que a metade norte está sofrendo ainda mais do que a metade sul, com certeza as áreas não irrigadas tem prejuízos relevantes”, destacou.

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