Obstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte acidental de bebês com até um ano de idade

O hábito de levar objetos à boca, em crianças com menos de 4 anos coloca essa faixa etária em um grupo com altíssimo risco de engasgos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, 791 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocação. Desse total, 600 tinham menos de um ano de idade. O diretor científico e diretor do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Marcelo Porto. ressalta que manter a calma é a primeira coisa que os pais devem fazer ao perceberem que a criança engasgou. Uma dica importante, segundo ele, é não tentar enfiar o dedo na boca da criança para remover o objeto ou comida, pois podem empurrar o que está engasgando a criança, e se o engasgo tiver sido com obstrução parcial da via aérea, pode se transformar em obstrução total. Se for um bebê com engasgo parcial, deve-se segurá-lo no colo em posição confortável e virado para quem está segurando, e não sacudir.

“Deve-se deixar chorar ou tossir, pois significa que está respirando, e logo ligar para pedir socorro (SAMU 192 ou Bombeiros 193). Já se for um engasgo com obstrução total, de novo manter a calma é fundamental. Telefonar para o SAMU, realizar manobra de desobstrução de via aérea para bebês até 1 ano. Para crianças maiores, o movimento é outro e chama-se manobra de Heimlich”, explica.

Os objetos pequenos são os grandes responsáveis por engasgos, sejam brinquedos, botões, moedas, brincos.

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