Todo grande criador tem um estilo próprio, uma marca registrada, uma estética só sua. Os mais inovadores são, em geral, os mais copiados. É o caso de Emilio Pucci (1914- 1992), estilista italiano, autor de uma estamparia vibrante e hipnótica, que marcou a moda libertária dos anos 1960. Com formas orgânicas, compostas por nuances de azul mediterrâneo, variações de magenta e lilás e tons ácidos de amarelo-limão, as padronagens de Pucci há tempos extrapolaram as passarelas e alcançaram obras de design, projetos de arquitetura e objetos de decoração.
É justamente esse histórico de parcerias com designers famosos nas produções de tapetes, porcelanas e mobiliários que agora ganha retrospectiva no livro Unexpected Pucci, recém-lançado pela editora Rizzoli New York, com curadoria de Laudomia Pucci, filha do estilista, vice-presidente e diretora de imagem da marca. “A ideia do livro surgiu espontaneamente já que sempre vivi em um mundo Pucci além da moda. O que deu início ao projeto foi o processo de catalogação. Graças a jovens talentos, descobrimos que o que eu imaginava ser um punhado de tapetes era na verdade uma oferta muito rica”, conta Laudomia “A ideia de revelar esse universo automaticamente se tornou um desejo.”
Crédito: Estado de São Paulo