Marcas de destilados nacionais apostam na inovação, na brasilidade e no segmento premium

É certo que o mercado de consumo muda constantemente. O que ainda surpreendeu é que até há pouco mais de dois anos as transformações viriam com uma intensidade nunca antes vista, e que mudanças constantes e até radicais fariam parte do novo normal. O mercado brasileiro de bebidas destiladas também sentiu na alma o impacto dessa nova tendência, e agora se tornou palco para uma realidade diferente de produtos inovadores. Trata-se de um cenário mais democratizado, onde pequenas indústrias também têm oportunidade de conquistar consumidores brasileiros com necessidades, vontades e exigências específicas. “Alterações radicais no estilo de vida levaram os consumidores a tomar decisões intencionais, conscientes e ambiciosas. (…) Os consumidores estão colocando seus planos em ação, arriscando-se e aproveitando o momento”, indica relatório da Euromonitor Internacional intitulado “10 principais tendências globais de consumo para 2022”.

Os números sobre o consumo de bebidas destiladas no Brasil são bastante expressivos. De acordo com dados do IBGE de 2019, a fabricação de aguardentes e outras bebidas destiladas foi de pouco mais de 1,4 bilhão de litros. Se juntar a produção de bebidas fermentadas como cervejas, chopes e vinhos, a produção nacional passa dos 16,5 bilhões de litros. Isso representa um faturamento de R$ 137 bilhões, segundo informações da Abia (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos). Os dados estão contidos no Caderno Setorial do Banco do Nordeste. “O consumidor já vinha em um movimento de conhecer melhor as bebidas e esta tendência se intensificou, refletindo em uma busca por bebidas de maior qualidade”, afirma Cristiane Foja, presidente-executiva da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe). Quanto aos novos hábitos de consumo, continua Cristiane, o crescimento de novos canais de vendas, como e-commerce, drive-thru e delivery e o fortalecimento das vendas off-trade, está associado a um novo comportamento dos consumidores.

“Além disso, passou-se a associar ainda mais o consumo às iniciativas ESG das marcas e instituições”, completa Cristiane. ESG é a sigla para “Environmental, Social and Governance”, que se refere a um conjunto de critérios relacionados a questões sociais, ambientais e de governança corporativa.

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