Joias contemporâneas japonesas ganham destaque na exposição [ím]pares, da Japan House São Paulo

Metal, tecido, vidro, bambu, ratã, madrepérola, concha e até papel e casca de ovo são matérias-primas para as designers de joias japonesas Miki Asai, Naho Okamoto, Mariko Kusumoto, Emiko Suo e Nahoko Fujimoto criarem suas intrigantes peças, que estarão reunidas na exposição inédita [ím]pares, na Japan House São Paulo. A mostra apresentará a estética japonesa por meio de 75 criações inovadoras, entre colares, pingentes, brincos, anéis, pulseiras e broches a ocupar o térreo da instituição na Avenida Paulista, entre 5 de abril e 12 de junho. A visitação é gratuita.

“Realizar uma exposição sobre a produção de joias e adornos japoneses era um desejo que vinha desde 2018. Depois de alguns anos de amadurecimento, pesquisas e descobertas, [ím]pares reúne uma amostra dessa produção atual, destacando mulheres designers que são pares em suas profissões mas completamente únicas e distintas em suas criações, que incluem elementos e materiais tradicionais com estéticas extremamente atuais e fascinantes”, comenta a curadora e diretora cultural da Japan House São Paulo, Natasha Barzaghi Geenen.

O conceito de adorno e o costume de se enfeitar assumiram diferentes significados ao redor do mundo com o passar dos anos. No Japão, foi após a Era Meiji (1868-1912) que a produção e a indústria de joias começaram a se desenvolver seguindo os padrões ocidentais, evolução que resultou na estética atual.

Para além das associações mais imediatas sobre design japonês no Brasil – predominância de linhas retas de estilo minimalista – as obras selecionadas pela curadoria, 15 de cada artista, exuberância das formas, escala, texturas, cores, de peças articuladas ou ainda de uma estética lúdica. “Cada uma das designers de joias traduz, à sua maneira, a sutileza e força de um adorno. Acessórios são, por definição, não-essenciais, porém podem atuar de maneira extremamente decisiva e pessoal na construção da representação identitária para transmitir diferentes mensagens de acordo com o uso e combinação feita por cada pessoa”, comenta Natasha.

O nome da exposição, [ím]pares, reflete a dualidade entre os estilos únicos das cinco designers e o fato de todas serem pares na profissão, área onde muitas mulheres são atuantes junto com designers homens que criaram marcas de joalherias de luxo internacionalmente reconhecidas. A expografia é do escritório Metro Arquitetos.

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