Janeiro Roxo conscientiza a população sobre a Hanseníase

Ao contrário do que muitos pensam, a Hanseníase não foi erradicada, sendo o Brasil o 2º país com maior número de casos da doença no mundo, ficando atrás somente da Índia. O médico da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Rodrigo Vettorato, explica que a doença é infectocontagiosa e transmitida por um bacilo (um tipo de bactéria) conhecido por Micobacterium leprae.

“A transmissão dá-se, principalmente, pelo contato interpessoal, através de gotículas respiratórias eliminadas por pessoas contaminadas. Entretanto, para que ocorra a transmissão da hanseníase, é necessário um contato prolongado com o doente, geralmente meses ou até anos, sendo mais frequente entre os moradores de uma mesma casa. Além disso, já se sabe que 95% das pessoas tem imunidade natural contra a doença e jamais vão adoecer”, explica.

O bacilo da hanseníase ataca, preferencialmente, a pele e os nervos periféricos dos doentes, de forma lenta e progressiva, podendo causar deformidades e incapacidades, por vezes, irreversíveis, principalmente nas mãos, pés e olhos. Essas incapacidades podem causar consequências ainda piores nas vidas dos pacientes, como discriminação e o consequente isolamento social.

Geralmente, o sintoma inicial da doença é uma ou poucas manchas com cor mais clara que a pele ou ligeiramente avermelhadas, com perda de sensibilidade, principalmente, térmica, ou seja, se colocarmos gelo no local da mancha, não é percebida a sensação de frio. Com a evolução da doença, muitas outras lesões na pele podem surgir como múltiplas manchas com perda de sensibilidade e “caroços” pelo corpo e na face. Não é incomum nesta fase, os pacientes apresentarem queimaduras nas mãos ao cozinharem e alegarem que não haviam percebido o ocorrido. Da mesma forma, eles deixam cair no chão com mais frequência utensílios domésticos, como panelas e copos.

Divulgação