Inversões térmicas e doenças respiratórias são um desafio a mais no confinamento

No Brasil, o confinamento é conduzido durante o inverno, época seca do ano e período de escassez de forragem para pastejo. Também é quando ocorre a inversão térmica em diversas regiões do país, quando as noites são frias e os dias são quentes. Esse fenômeno causa muita poeira e pode ocasionar pneumonia bovina ou doença respiratória bovina (DRB), mas é possível evitá-las ao adotar medidas de manejo e sanitárias.

“O bem-estar dos animais deve ser priorizado em todo o sistema de criação bovina, portanto é fundamental ficar de olho nas principais enfermidades que acometem os bovinos confinados. Se não for possível evitar as doenças, um rápido diagnóstico, e seu tratamento, evitará prejuízos”, explica o médico-veterinário e gerente de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó, Reuel Luiz Gonçalvez.

Ele explica que, entre as medidas de manejo, está a adoção de aspersores de água, já que o controle da poeira em confinamentos com irrigação diminui sensivelmente a pneumonia bovina. “Com o sistema de irrigação, pode-se combater problemas primários, ou seja, aqueles que estão relacionados diretamente com os animais, tais como: estresse, redução no índice de conversão alimentar, menor aproveitamento em rendimento de carcaça, o uso de antibióticos (redução) e índices de pneumonia bovina no local”.

Também é possível eliminar problemas secundários classificados como de primeiro, segundo e terceiro graus, que estão relacionados às condições do ambiente. “Em primeiro grau, os colaboradores que trabalham no dia a dia do campo, na lida e no manejo dos animais. Em segundo grau, os moradores e trabalhadores dos arredores do confinamento que estão predispostos a maiores problemas respiratórios, gripes, resfriados, alergias etc. E, em terceiro grau, aqueles que são atingidos pelos problemas de forma não tão constante, como bairros vizinhos, colônias vizinhas e até usuários da malha rodoviária, dependendo da direção e incidência dos ventos e outros fenômenos”, complementa o médico-veterinário.

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