Após o início da pandemia, muitas empresas precisaram adotar o regime de home office, para que continuassem as suas operações. O fator que motivou essa mudança foram os lockdowns decretados pelos governos dos estados no intuito de evitar as aglomerações e, com isso, diminuir a disseminação do vírus. Em alguns negócios esse tipo de trabalho fez tanto sucesso que ele foi aderido até mesmo após o fim das regras mais rígidas. Durante o auge da pandemia, em 2020, o número de brasileiros trabalhando em home office eram cerca de 9 milhões, dos 83 milhões de pessoas que continuaram empregadas, de acordo com os dados do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea). Esse número representa 11% da população total que estava trabalhando e que não foi afastada do trabalho.

Mesmo com as rotinas de trabalho sendo restabelecidas, trabalhar remotamente ainda é muito aceito pelos brasileiros. Em uma pesquisa feita pela Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo (FEA-USP) e pela Fundação Instituto de Administração (FIA), aponta que os brasileiros possuem a intenção de permanecer trabalhando em casa. Segundo os dados, 73% das pessoas entrevistadas estão satisfeitas com o trabalho de casa. Esse número cresce ainda mais quando consideramos a intenção do trabalhador de manter essa mesma rotina em casa, sendo 78% das pessoas. O número de trabalhadores que desejam voltar aos locais de trabalho diariamente caiu de 19% para 14%. Além disso, os indiferentes também tiveram queda, de 11% para 8%.

O CEO da BidonCred – rede de seguros e serviços de créditos consignados e financeiros – Felipe Wichmann, afirma que agora que a pandemia está caminhando para o fim, as pessoas viram o quanto é benéfico trabalhar em casa. “A tendência é que esse formato de trabalho seja ainda mais procurado, pois trabalhar de casa é mais lucrativo e com um custo menor.”

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