Festas menores são tendências no pós-pandemia

A tendência de comemorações menores e mais intimistas no pós-pandemia foi apontada por profissionais do setor de buffets e decoração que estão participando da 14ª Expo Festas e Parques. Isso ocorre não apenas por questões sanitárias, mas também em razão do orçamento mais apertado das famílias diante da alta da inflação e dos juros, e do desejo de celebrar apenas com as pessoas mais próximas. Marcelo Golfieri, diretor de buffets da Adibra (Associação das Empresas de Parques de Diversão do Brasil), exemplificou que, antes da Covid-19, o tíquete médio na rede de buffets que preside era de R$ 8 mil. Agora, de aproximadamente mil orçamentos solicitados em três das suas unidades, 80% são para festas de até R$ 3.500.

“Um dos nossos desafios é criar um produto para atender essa demanda. Antes, os buffets fechavam festas para pelo menos 50 convidados e nunca questionamos isso. Hoje, temos que rever e, por que não, fazer mais de uma festa ao mesmo tempo?”, levantou Golfieri durante palestra no Festival. De olho nesta tendência, o setor criou um aplicativo para consolidar famílias e buffets que aceitam realizar eventos compartilhados.

A decoradora Luli Reis, da Atelue, mostrou as melhores maneiras de identificar e seguir tendências sem perder dinheiro. Para entender se vale o investimento, é preciso entender que há tendências passageiras e comportamentais. Um exemplo de tendência comportamental — que também pode ser chamada de megatendência — é, justamente, as festas mais intimistas, voltadas apenas para a família e amigos mais próximos. Outro caso são os balões orgânicos ou desconstruídos. “No começo, todo mundo achava estranho, que faltava terminar alguma coisa. Depois, as pessoas foram gostando. Uma megatendência é isso, começa devagar e vai ganhando espaço”, detalhou.

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