Empresários do setor matcon se reúnem para discutir sucessão em negócios

Cerca de 70 empresários e executivos do setor de materiais de construção de todas as partes do país estiveram reunidos em Porto Alegre (RS), na última semana, para um encontro imersivo de três dias em sucessão. O objetivo foi promover a troca de experiências entre diferentes gerações de líderes sobre processos de governança para continuidade dos negócios, um problema que, segundo pesquisa da PWC, atinge 44% das empresas familiares no Brasil. O grupo, formado por fundadores, CEOs e diretores de casas de material de construção, varejos, distribuidoras e atacados, integrou o “Projeto Sucessores”, ação organizada pela Atlas, que faz parte das empresas InBetta, referência em ferramentas para pintura. ”Abastecemos cerca de 30 mil varejos e atacados e observamos que boa parte desses negócios têm problemas no processo de sucessão. Queríamos ajudá-los a entender como vencer obstáculos e, ao mesmo tempo, aprender com exemplos bem sucedidos ”, explica Márcio Atz, diretor geral da Atlas S/A.

Abertura estratégica
Além de networking e confraternizações, o Projeto Sucessores contou com uma programação de conteúdo intensa dividida em 4 grandes painéis. O primeiro teve a missão de impulsionar a visão positiva sobre a sucessão familiar com o case da Saur Equipamentos, empresa referência na movimentação de cargas. Na apresentação, a presidente, Ingrid Saur, garantiu uma verdadeira injeção de ânimo e energia ao contar como sua família superou os desafios internos e de mercado até a contratação de uma consultoria externa para conduzir a troca de gestão. Com mediação do especialista em governança Werner Bornholdt, a apresentação levantou temas como a dificuldade de incentivar herdeiros e familiares na continuidade do negócio, responsabilidade social e conselhos para uma jornada mais assertiva.

Sobre a difícil tarefa de despertar paixão nos sucessores, Ingrid disse: “ou você tem ou não tem, não há meio termo. Contudo, algo que ajudou muito no meu caso foi sempre ressaltar coisas positivas sobre a empresa. O trabalho não pode ser um fardo, precisa ser um legado”. Já Werner indicou que não existe modelo ou idade correta: “cada família é única. O ideal é definir um caminho de gestão, depois pensar nas sucessões societárias”.

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