Empresários de Curitiba resistem à alta da inflação e mantêm preços de alimentação estáveis

O cenário de inflação no Paraná, que apresentou deflação nos últimos meses, trouxe um alívio para os consumidores, mas o desafio para os empresários do setor de alimentação continua. Dados do Índice Ipardes de Preços Regional Alimentos e Bebidas (IPR-Alimentos e Bebidas) apontaram uma queda de -0,60% nos preços de alimentos e bebidas em agosto, repetindo o desempenho de julho (-1,29%). Curitiba, em particular, registrou uma redução de 0,67%. No entanto, apesar da deflação recente, a inflação acumulada em 12 meses no Paraná ainda alcança 7,40%.

Entre os alimentos que mais contribuíram para a queda, o tomate se destaca, com redução de 25,58% nos últimos 12 meses, sendo Curitiba a cidade com a maior retração no preço desse item, -34,04%. Segundo especialistas, a maturação adiantada do ciclo de produção e a oferta abundante explicam essa queda.

Mesmo com esse alívio pontual nos custos de alguns insumos, muitos empresários ainda enfrentam dificuldades para manter os preços de seus produtos sem repassar os aumentos gerais para o consumidor. Uma pesquisa da Abrasel realizada com 2.333 empreendedores do setor de bares e restaurantes em todo o Brasil, nos sete primeiros meses de 2024 revelou, que 40% das empresas relatam dificuldades em reajustar seus cardápios para acompanhar a inflação, um aumento de quase 10% em relação ao início de 2024.

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