Dia dos Avós: chefs se inspiram em receitas de família

A gastronomia sempre carregou uma imagem forte do conhecimento passado de geração para geração. E uma das figuras mais marcantes nessa corrente é a dos avós, que são os principais responsáveis por transmitir receitas ao longo do tempo. Em 26 de julho é celebrado o Dia dos Avós. Nada melhor do que aproveitar a data provando um prato afetivo. E quem não gosta de um sabor caseiro? Foi por isso que casas de Brasília trouxeram para o menu a peculiaridade das receitas como uma maneira de homenageá-los e também de contar um pouco de suas histórias por meio dos pratos. Apaixonado pelo mousse da vovó, ou melhor, da dona Ismênia Albano, o chef Gabriel Bla’s, do Bla’s (406 Norte), trouxe, literalmente, a sobremesa para o menu de seu restaurante. O Mousse da vovó (R$15,90) é preparado com mousse congelado de chocolate meio amargo, whisky e praliné de baru. “Esse mousse me remete à infância, por isso também tem um valor sentimental. E quis passar isso aos nossos clientes, trazer, inclusive, esse sabor de doce caseiro. E é um sucesso! Todos que experimentam elogiam e voltam para degustar”, explica.

O preparo ganhou uma nova versão e pode ser saboreado também no Texturas de Chocolate (R$ 36,90): Ganache quente, mousse da vovó gelado, nougat de amendoim, marquise de chocolate, frutas vermelhas, crumble de cacau e tuille. No francês Le Parisien (103 Norte), o chef Leandro Nunes buscou referências da sua avó para criar os saborosos pratos da casa. “Despertei o amor pela cozinha observando minha avó. Então, hoje ser um profissional apaixonado pela gastronomia tem uma parcela de contribuição que veio dela. Por isso, sempre trouxe algo das minhas raízes para as receitas”, enfatiza o chef. No menu, Cassoulet (R$84): cozido de feijão branco, linguiça suína, paleta de cordeiro, cenoura e um toque de tomate. Finalizado com farofa de ervas. Por mais R$36, adicione confit de coxa de pato. Há ainda a Codorna (R$94) recheada com cogumelos paris e farofa de pão trufada sobre uma polenta mole e finalizada com demi glace. Para sobremesa, um delicioso Bolo de macaxeira (R$32) com Leite de coco e limão tahiti. No Olinda Comida Nordestina (Taguatinga) não seria diferente. Receitas típicas do Nordeste fazem sucesso por lá. Passada de avó para filho até chegar no neto Romão Olinda, que hoje comanda o restaurante, um dos pratos que não pode ficar de fora é o saboroso Rubacão (a partir de R$ 52), que leva arroz de leite, feijão verde, paio, carne de sol, queijo coalho, costela de porco, pé de porco, costela de boi e nata; e o Baião de dois (a partir de R$58), feito de arroz com feijão, incrementado com queijo coalho, linguiça, bacon e carne seca.

“O rubacão sempre foi um prato servido nos almoços de família, então foi uma receita que foi passada de geração para geração. Minha avó passou para o meu pai e, consequentemente, os netos também aprenderam, pois tem todo esse lado afetivo”, ressalta Romão. Outro chef que também homenageia a avó é Marcello Lopes, do Blend Boucherie (412 Norte). Ele conta que a maioria das suas receitas são inspiradas nos pratos que comia quando criança, principalmente aqueles ensinados por sua segunda mãe. Entre elas, a polenta mole com grana padano, que está entre as guarnições que, hoje, fazem mais sucesso em seu restaurante.

“Minha vó me ensinou muita coisa que eu sei hoje. Ela é uma das minhas maiores referências na cozinha. Então, trouxe para o nosso menu, uma receita dela, para que as pessoas pudessem sentir esse gosto de comida de vó, comida caseira”, conta. O Blend Boucherie segue um conceito de butique de carnes, onde o comensal escolhe a proteína e as guarnições são servidas em sistema de rodízio. O valor varia de acordo com a carne selecionada.

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