Brechós de luxo investem em novos processos de higienização das peças

A pandemia do Coronavírus trouxe, além do isolamento social e de um grande crescimento das compras online, a intensificação da atenção à higienização das compras e superfícies. Antes do vírus, nem todo mundo tinha como hábito a limpeza dos produtos comprados em supermercados ou entregues em casa por distribuidoras, mas, em muitos lares, o cuidado com a higiene de tudo o que vem da rua se tornou regra. Mas e quando as compras são de second hand e já passaram por outros donos?

Hoje, a ciência já mostrou que limpar e desinfetar superfícies ou compras são atitudes importantes, porém o risco de se contaminar por esses meios é menor do que se imaginava no início da pandemia. Quanto aos brechós, há quem tenha um certo preconceito com peças usadas, mas a verdade é que muitas lojas de second hand têm um grande cuidado em todas as etapas, desde a curadoria das peças até o envio para o consumidor final, como a INFFINO, e-commerce que atua há mais de dez anos no mercado de second hand.

Na INFFINO, a higienização de todas as peças é um processo cuidadoso, como detalha a sócia-fundadora Mila Silbermann. “São três etapas. A primeira é a limpeza a seco, em que o forro é minuciosamente aspirado para que não fique nenhum vestígio de pó. Em seguida é feita a limpeza externa, utilizando produtos específicos, e, por último, a hidratação da peça.”

Quando alguém entra em contato para vender seus desapegos para um brechó, costuma ser feita uma curadoria das peças para avaliar se elas estão em bom estado e se podem passar pela revenda. Na INFFINO, todos os itens passam por um processo de avaliação de qualidade e autenticação rigoroso, que começa pela identificação por meio das especificações de cada marca, como códigos, número de série, entre outros.

“Os aspectos ‘touch, smell, vision, audition’ também são essenciais para o reconhecimento da peça. Isso vai desde testar a maneira que um zíper abre, incluindo o som, até reconhecer o peso da peça, tocar nas texturas e relevos, sentir o cheiro, apreciar as costuras, etc.”, diz a fundadora. Por fim, o uso de inteligência artificial, com uma tecnologia que conta com algoritmos de mais 45 milhões de imagens processadas, ajuda a determinar se uma peça é autêntica.

O armazenamento das peças também recebe cuidados para que nenhum produto seja contaminado. “Antes de serem manuseadas, as peças ficam em quarentena de 48 horas até serem retiradas da sacola ou caixa em que vieram. E, enquanto estão em estoque, são mantidas sempre limpas, hidratadas, com enchimento e fora da dustbag que é aquela sacolinha de proteção que vem junto com as peças”, explica Mila. “Portanto, não há perigo algum em adquirir itens no second hand”, finaliza.

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