Brasil está na penúltima posição no ranking internacional de eficiência energética, atrás apenas do México

Os motores elétricos estão nas casas – no liquidificador, na batedeira, no secador de cabelo, na geladeira –, bem como nas empresas e nas indústrias, nos elevadores, escadas rolantes e nas aplicações em fresas, tornos e esteiras, por exemplo. Sua utilização é tão grande que o relatório recente de pesquisa da Market Research Future, “Electric Motors Market for Household Appliances”, comprova que haverá um crescimento de 5,87% entre os anos 2022 e 2030, isso só para o uso doméstico, sem contabilizar os parques fabris.

Segundo a pesquisa, a alta se dá por conta da procura por motores eficientes em termos de energia: “Espera-se que regiões emergentes em todo o mundo apresentem oportunidades inexploradas. Os players do setor tentam aumentar suas capacidades de produção com melhor eficiência de custos apoiados em novas possibilidades”, diz o levantamento, pontuando, ainda, que, embora de um lado as perspectivas sejam positivas, do outro, o mercado testemunha grandes lacunas. E, um desses obstáculos está na baixa adoção dos inversores de frequência, dificultando o já tardio progresso da Indústria 4.0 por meio da automação de processos industriais.

No Brasil, a eletricidade é o insumo mais importante, seu uso racional é essencial quando o assunto é redução de gastos e competitividade. Nas fábricas, os vilões das contas de energia e suas altas cifras são os motores elétricos, que representam o percentual de 70% de toda a eletricidade consumida, conforme aponta a Eletrobras/Procel. Há exatamente 20 anos, foi promulgada a Lei nº 10.295, que visa combater o desperdício de energia. Em seu artigo 2º, a legislação destaca que a checagem dos estabelecimentos em relação aos níveis máximos de consumo de energia, ou mínimo de eficiência energética, dos equipamentos e máquinas, será realizada com base em valores viáveis.

“Ocorre que para atender esta condição, faz-se necessário uma quantidade imensa de informações, como volume de produção, distribuição e venda, estratégias de transporte, importações e exportações, entre outros fatores, naturalmente difíceis de serem adquiridas”, analisa Joelintom Geffer, promotor técnico Siemens da Reymaster Materiais Elétricos e especialista em automação industrial.

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