Bioficção apresenta a história da vida de Miguel de Cervantes contada por ele mesmo

Um projeto de pesquisa intensa e audaciosa que levou 12 anos para ser publicado. Este é Eu, Miguel de Cervantes: Memórias, que mistura investigação biográfica com a literatura refinada da escritora e roteirista Maria Gessy Sales. Esta bioficção parte de verdades históricas, possíveis e poéticas contadas em primeira pessoa, que cumprem ao mesmo tempo o papel de divertir e informar.

A escritora criou a narrativa fictícia a partir dos achados dos restos mortais de Cervantes no subsolo do Convento das Trinitárias Descalças, em Madri. O enredo, então, foi construído como se as memórias recentes do romancista tivessem sido encontradas na escavação. É considerado um dos mais importantes escritores do Ocidente, ao lado de Dante, Shakespeare e Goethe.

Gessy revela que o célebre autor de Dom Quixote nasceu em uma família de fidalgos e se sentia privilegiado por fazer parte de um país poderoso. Porém, o curso normal da vida foi bruscamente interrompido quando ele se viu forçado a fugir da Espanha. A narrativa recria a juventude e o começo da vida adulta do espanhol. Em Eu, Miguel de Cervantes: Memórias, o leitor percebe que a vida do escritor é muito mais rica de aventuras, desenganos e superações do que a do próprio personagem que o consagrou: Dom Quixote.

Além de escritora, Gessy é roteirista premiada de cinema e teatro. A convite do escritor e amigo Ziraldo, roteirizou com ele os filmes “O Menino Maluquinho” e “Uma professora muito Maluquinha”. Ela revela que por toda a vida dedicou-se à literatura e à escrita e, por causa de uma pesquisa sobre Dom Quixote, passou a se interessar por Cervantes, desejo agora refletido na obra.

“Fiquei deslumbrada com sua vida de perigos e aventuras e quis dividir com um maior número de pessoas meu encantamento”, confessa Gessy. Mais do que entender a obra de Cervantes, este romance com fundo histórico aproxima o leitor da vida do escritor.

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