A cantora Anitta divulgou no Twitter, recentemente, que foi diagnosticada com endometriose. Segundo a artista, ela já enfrenta a doença há 9 anos, passando por dores, principalmente, um ou dois dias após as relações sexuais. Desconfortos esses que, algumas vezes, inclusive a deixavam impossibilitada de andar. Anitta é uma das 176 milhões de mulheres em idade reprodutiva no mundo que sofrem com os sintomas da endometriose. No Brasil, o Ministério da Saúde estima que 1 em cada 10 mulheres tenha a doença. O tratamento varia de acordo com a gravidade de cada caso, mas em geral passa pelo uso de anticoncepcionais, analgésicos, DIU (dispositivo intrauterino) hormonal e, nos casos mais graves, cirurgia. A especialista em auriculoterapia, Dra. Lirane Suliano explica que a técnica natural pode ajudar no tratamento da doença. Além disso, a fisioterapeuta clínica, Dra. Walkyria Fernandes, também relata como a fisioterapia pode auxiliar, dependendo do caso, no alívio das dores relacionadas a patologia.

“A endometriose é uma inflamação da camada interna do útero que chamamos de endométrio. Essa camada é expelida durante a menstruação. Muitas vezes parte dessa camada continua no útero e acaba comprometendo outros órgãos como ao redor do útero como intestino e bexiga, por exemplo. Isso pode acarretar uma série de outros problemas como dificuldade para evacuar, constipação, cistite de repetição — que é a inflamação da bexiga repetidas vezes. Então, muitas vezes, a paciente trata essas doenças, mas não descobre que a causa principal foi a endometriose. A dor lombar também pode ser um sintoma da endometriose. Como o útero está na cavidade pélvica, a doença pode ter se estendido e a paciente vai sentir dores na região. Ou seja, é preciso uma investigação minuciosa para diagnosticar a doença”, explica a fisioterapeuta Walkyria Fernandes.

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