Artista indígena apresenta obra feita com sobras de uma oca atingida por incêndio

O artista Andrey Guaianá Zignnatto, indígena de etnia Tupinaky’ia da família Guaianá e Guarani, é um dos destaques da 13ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que é realizada pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB Brasil). No evento, o também professor de artes visuais e ativista de projetos sociais apresenta a obra “Robá”, que em tupi-guarani significa “amargo”. Andrey Zignnatto é parceiro da Alphaz Concept, incorporadora brasileira que executa projetos de arquitetura com responsabilidade ecológica, é que está promovendo e patrocinando a Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo. A empresa atua com arquitetos renomados como Silvio Oskman e está fomentando o debate sobre construções sustentáveis.

“É uma instalação artística que usa restos de uma oca que foi atingida durante um incêndio na Reserva do Jaraguá, em São Paulo, onde habita uma comunidade com cerca de 3 mil indígenas da etnia Guarani Mbya. Nos últimos anos tivemos vários incêndios que atingiram as aldeias, então a ideia é remontar uma das ocas com o resto que sobrou das queimadas”, disse o artista que recebeu a visita e o apoio da atriz e modelo Isabeli Fontana, da atriz Cleo e o marido o empresário e influencer Leandro D’Lucca.

Cleo não escondeu sua emoção ao ver a obra. “Eu me senti totalmente inserida no universo dele”, disse. Já Leandro D´Lucca destacou a importância das raízes indígenas. “Achei muito importante, porque ali está nossa essência, a gente que veio deles e o lugar que estamos era deles. Então vivenciar isso foi muito bom e me fez ver o quanto a gente tem que entender mais sobre o mundo deles, porque é o nosso mundo”.

“Eu conheci as obras do Zig e me apaixonei pelas cortinas de tijolos que ele faz. Na Bienal, ele mostrou o trabalho que faz com as aldeias indígenas. Achei a história comovente, de um coração gigante, pois não sabia dessas queimadas e que disso saiu a arte”, afirmou Isabeli Fontana.

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