Desde o nascimento de uma criança os pais e responsáveis já pensam em como introduzir o primeiro alimento ao pequeno, se este será pastoso, líquido, doce, salgado e se claro, será aceito. Crianças possuem fama de não gostarem de frutas e vegetais, mas será que a culpa desses hábitos é inteiramente deles? Uma alimentação saudável e equilibrada é necessária para o equilíbrio do corpo de todos e para que os pequenos entendam isso é muito importante que a família apresente os alimentos de forma variada, colorida, lúdica e que explique o propósito desses.
A Chef Patrícia da Paz, explica, “Os jovens que foram apresentados aos alimentos saudáveis desde bebês, possuem maior facilidade de aceitarem sabores diferentes e de experimentarem algo que nunca comeram, por exemplo. Eles crescem sabendo a importância da alimentação saudável e assim têm maior consciência do que colocam no prato quando mais velhos”. Falar na “língua da criança” é importante para que haja entendimento, por exemplo, apresentar uma salada de frutas colorida e diversificada chama a atenção, fazer um sanduiche em forma de carro, casa e ou de um animal conhecido, diverte o pequeno, cortar as frutas em forma de coração, estrela, deixa-os felizes, assim, eles podem tanto aprender sobre o alimento, descobrir novos nomes para a comida, conhecer cores e sabores, e ainda ajudar na montagem, desenvolvendo habilidades motoras.
Existem no mercado hoje muitos cortadores em diversas formas, os mais utilizados são os que tem formato de algum super-herói ou personagem de algum desenho, bem como, aqueles que representam as frutas, você pode cortar um pedaço de manga em formato de cenoura, por exemplo. A criatividade das crianças é infinita. E ainda, “Se os jovens são acondicionados a alimentação equilibrada e podem explorar os alimentos da forma deles, não sentem necessidades dos industrializados mais tarde, ou então não os consomem com frequência” explica Patrícia. Um erro comum praticado pelos pais e responsáveis é apresentar logo cedo os doces, o açúcar mesmo que em quantidades mais baixas, interage no cérebro com neuropeptídios como a dopamina e a acetilcolina, levando alterações que ocorrem na neuroquímica semelhantes às drogas estimulantes. Por isso, após apresentar esse tipo de alimento e o fazer ser comum, a criança irá querer sempre mais.
“É necessário que a família entenda esses princípios e possa passar isso adiante. Além de ser muito melhor para criança a alimentação balanceada, ela ainda pode se divertir descobrindo novas possibilidades, o momento em família se torna uma brincadeira apreciada, apresentar os alimentos com sua propriedade e benefício na linguagem clara e compreensível aos pequenos, ter contato com o processo de plantio e colheita, também estimula o consumo. Assim, acredito que teremos tempos de alimentação consciente e saudável.” finaliza.
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