Venda de cachaça no Brasil avança entre as mulheres

De acordo com um levantamento do IBGE, entre 2013 e 2019, o percentual de pessoas que disseram ingerir bebidas alcoólicas ao menos uma vez por semana avançou, chegando a mais de 26% do total de entrevistados. A pesquisa revelou um dado importante em relação ao consumo de bebidas alcoólicas e as mulheres: segundo o levantamento, levando em consideração os sete anos, o número de consumidoras cresceu 31,8%, enquanto que o número de consumidores aumentou apenas 2,1%.

“Antes ainda existia aquele preconceito de que mulher não podia beber, que apenas os homens entendiam sobre o universo das bebidas, mas com o passar dos anos, tudo isso foi ficando no passado, e hoje, além de consumidoras, algumas até comercializam o próprio destilado”, explica Rafael Araújo, criador da maior loja online de cachaças do mundo, a Cachaçaria Nacional.

A loja foi fundada em 2010, e oferece mais de 2000 rótulos de cachaças artesanais de alambiques das principais regiões do país. Algumas inclusive são produzidas por mulheres, como é o caso da cachaça Bassi. A história da cachaçaria começou em 1980, em Santa Mariana, no Paraná. Ela foi criada por Paulo Bassi e seus filhos, porém, com o falecimento do Sr. Paulo em 2010, os filhos e os netos assumiram o negócio, entre eles, Viviane Bassi, a neta do fundador que hoje é responsável técnica e produtora da Cachaçaria Bassi.

Já a Cachaça Tiê, que também está disponível na Cachaçaria Nacional, é produzida pela jornalista Cris Amin. A bebida inclusive já foi premiada no 20º Concurso de Vinhos e Destilados do Brasil. “É muito gratificante saber que estamos ajudando mulheres produtoras de cachaça de todo o país através da nossa loja, pois elas conseguem divulgar as bebidas para outras regiões do Brasil e podem inspirar outras mulheres que querem montar a própria cachaçaria”, ressalta Araújo.

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