Uso de farelos contribui para corrigir a nutrição de bovinos

Na pecuária, os bons índices de produtividade estão relacionados a alguns fatores. Um deles é a alimentação. Analisando a atividade no Brasil, que tem como base a produção de bovinos a pasto, verificamos que a base da alimentação sólida dos animais é a pastagem. Para que eles possam expressar todo o seu potencial genético para a produção, seja ela de corte ou de leite, é necessário, primeiramente, atender as exigências de nutrientes para mantença desses bovinos, para, então, cumprir os requisitos de produção, e posteriormente, de reprodução. Como a maioria dos solos brasileiros sofre pela deficiência de nutrientes, a nutrição do rebanho precisa ser corrigida via adubação das pastagens e/ou suplementação dos animais.

A suplementação pode ser realizada de quatro principais formas: apenas com minerais; com minerais e aditivo; com minerais, aditivos e fontes proteicas; com minerais, aditivos e fontes proteicas e energéticas. A decisão de qual tipo de suplemento utilizar depende da pastagem existente na propriedade, da categoria animal, do nível de produção, da infraestrutura da propriedade e da interação entre diversos outros fatores, como manejo, mão de obra e fluxo de caixa. Nos tipos mineral proteico e proteico-energético, os suplementos são fornecidos para auxiliar os animais a alcançarem maior desempenho, em ocasiões que a proteína e/ou energia são os nutrientes limitantes. Uma estratégia para compor a fração proteica destas suplementações é utilizar farelos proteicos, caracterizados por possuírem acima de 20% de proteína bruta (PB) em sua composição. Nos casos em que atuam como fonte energética, os farelos desta classe apresentam menos de 20% de PB.

Entre os farelos energéticos mais utilizados atualmente estão o de milho, o de casca de soja e o de polpa cítrica. O milho é a principal fonte energética na composição das rações e suplementos. Aliado a outros ingredientes, ele possibilita uma dieta de acordo com o propósito de criação do animal. O alto teor de amido deste grão o torna a principal fonte energética para os bovinos. Além disso, este farelo serve como base para os preços de outros farelos energéticos, seguindo a tendência de alta ou baixa. Em 2021 o preço do milho esteve elevado, pressionando, assim, a busca por fontes alternativas nas dietas dos animais.

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