Casas de Campo ganham novo status

Todos, de alguma forma, tiveram sua rotina alterada por conta da pandemia. Com o isolamento social, atividades do dia a dia como compras, lazer, estudo e trabalho foram adaptadas à nova condição e, com isso, foram criados novos hábitos e novas maneiras de executar as tarefas. E algumas dessas mudanças vieram para ficar, como é o caso do home office.

Porém, mesmo que alguns aspectos desse novo modelo possam soar positivamente, o chamado “novo normal” afetou a saúde mental das pessoas. Foi recorrente, nesse período, o aumento do diagnóstico de casos de estresse, síndrome do pânico, insônia e depressão, causadas principalmente pelo confinamento.

Por conta disso, refúgios como sítios e casas de campo ganharam um novo significado para quem estava buscando melhor qualidade de vida sem deixar de lado a carreira profissional. De acordo com Eduarda Corrêa, arquiteta do escritório Eduarda Corrêa Arquitetos Associados, esse tipo de imóvel era muito usado como lazer para o fim de semana e, por causa da pandemia, se tornou morada permanente.

“As pessoas se viram trancadas em casa, muitas vezes em apartamentos pequenos, sem espaço para as crianças brincarem e tendo de conciliar trabalho com a rotina caseira, isso afeta o psicológico de qualquer um. E quem possuía imóvel no campo, acabou optando por buscar conforto e bem-estar junto à natureza”.

Com esse fenômeno, relata Eduarda, a demanda por reformas nas casas de campo aumentou consideravelmente nos últimos tempos. “Esses imóveis eram destinados a reuniões familiares em fins de semana, feriados e temporadas de férias e, por isso, seus ambientes não estavam adequados ao convívio diário que uma morada necessita. Com a mudança das famílias para estes espaços, houve a necessidade de realizar obras para garantir o conforto dos moradores”.

Segundo a arquiteta, em alguns casos a reforma consiste em aumentar tanto o tamanho como o número de ambientes para comportar a quantidade de pessoas que passarão a conviver na residência. “Mas, geralmente, pequenas intervenções como troca de revestimento, realização de nova pintura e investimento em móveis novos já são suficientes para tornar os espaços acolhedores e aconchegantes”.

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